quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Coisas de Mulher

Sempre defendi muito a idéia de que somos todos iguais, homens e mulheres. Com funções básicas iguais, necessidades iguais, e direitos - acima de tudo - iguais. Quem disse que a arte imita a vida, não conheceu uma mulher de verdade. No cinema, mulheres são bem sucedidas, donzelas que nos últimos capítulos recebem uma declaração de amor de fazer surgir suspiros na platéia, então o mocinho a pega pela cintura, a beija e a mocinha recebe seu tão esperado final feliz.

A mulher de verdade não espera pelo príncipe encantado, ela vai atrás do seu futuro, com ou sem príncipe. Uma mulher de verdade não quer um final feliz, ela quer uma história inteira. Mulheres de verdade, donzelas ou não, bem sucedidas ou não, possuem muito mais em comum do que se pode imaginar. Mulheres de verdade amam demais, e me perdoem aqui os leitores masculinos, mas as mulheres colocam muito mais amor em tudo que fazem do que os companheiros do sexo oposto.

Que mulher agüentaria cuidar dos estudos, da casa, da família e da carreira profissional se não amasse profundamente todas essas coisas? Mulheres costumam ser firmes, fortes e decididas. Mas há um problema quanto a elas: costumam ser auto-protetoras ao extremo. Se fecham nesse mundinho imaginário de segurança e dificilmente se abalam; Não gostam dos “in’s”, embora muitas vezes os sejam.

Claro que também existem aquelas que acham que, por serem assim, são complexas e indecifráveis quando, na verdade, são mais transparentes que muita gente. Ouvem mais a razão, mas ela não fala sozinha; são obrigadas a conviver e a ignorar os gritos incessantes do coração, mas não dão bola para ele, pois é sábio demais pra guiar sua intuição.

São coisas de mulheres. Nem vagas, nem objetivas. Mulheres e seus subjetivos. Seus pretéritos perfeitos, quase imperfeitos quando conjugados na terceira pessoa do singular, também é mais-que-perfeito na primeira pessoa do plural. Decifrar todas as “coisas de mulheres”, para muitos, pode virar até objetivo, porém, gostar pode acabar sendo só conseqüência.


Joana F. Scherer

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